Resumo descritivo
A povoação do município surgiu à sobra da mineração. Tão logo deram de rarear as catas fáceis, praticamente colhidas a mão, e julgaram-nas as manoplas implacáveis do fisco, verificou-se a deserção em escala perigosa dos habitantes do Arraial do Senhor Bom Jesus do Cuiabá. A maioria em busca de novas minas promissoras, outros, no entanto, menos aventureiros ou de índole agrária, enveredaram-se pelas margens do Rio Cuiabá acima e seus afluentes, na tentativa de real fixação ao solo, através do cultivo de bens de consumo que a vila se mostrava desprovida. Estes foram, possivelmente, os primeiros moradores do atual Município de Acorizal. Teve assim o município, ao contrário de outros vizinhos, origem essencialmente agrícola, transplantando para as suas propriedades a cana-de-açúcar, introduzida por Antonio da Silva Lara. Nascido com o nome de Brotas, o distrito conquistou o novo nome de Acorizal, por ter sua área territorial parte dela tendo como cobertura vegetal a palmeira do nome acori. Os primeiros dias de vida organizada de Acorizal aconteceram após o assentamento dos garimpeiros da região de Cuiabá, dos quais não restou memória. Duas famílias de portugueses fugiam de perseguições políticas cuiabanas, em 1817, e se arrancharam onde hoje se assenta a Igreja Matriz de Nossa Senhora das Brotas, uma das famílias possuía uma imagem dessa santa para veneração, o que acabou por definir o papel de fé e religiosidade do povo da região. Acorizal, fonte também da cultura mato-grossense onde o cururu e o siriri, fazem presença nos festejos da cidade e das comunidades rurais. As primeiras casas edificadas ao redor da igreja de Nossa Senhora de Brotas na Praça Coronel Tonho, combinados coma as moradias que ocupam a rua mais antiga da cidade, preserva o acrescido de fatos arquivados nas casas. A edificação da Igreja Nossa Senhora de Brotas, voltada pra o rio Cuiabá. Fonte: Governo do Estado.