Resumo descritivo
A movimentação de “Homens Brancos” na região provém das penetrações dos Bandeirantes Paulistas, mesmo antes da fundação de Cuiabá. Provavelmente os paulistas, como era costume nos avanços de reconhecimento, deixaram em alguns pontos, pessoas a cuidar de roças, para as idas e vindas Preadoras. O primeiro morador a se fixar com mulher e filhos, onde mais tarde seria a Cidade de Barão de Melgaço, foi Lourenço Tomé, que ali morou muitos anos, trabalhando na pequena roça, com mulher e filhos. Melgaço , assim como toda a região ribeirinha do rio abaixo da capital , viu progressos das Usinas de cana de açúcar. Por essa época de desenvolvimento, a Lei n° 178, de 02 de Abril de 1897, criou a Paróquia de Melgaço, jurisdicionado a Santo Antonio do Rio Abaixo. Se bem que o sítio urbano não se desenvolvesse, devido ao escasso terreno firme, a zona do “campo-de- fora” crescia em propriedades de criação de gado vacum. O nome de Melgaço projetou-se na história do Brasil por ocasião da Guerra do Paraguai. Nesta época o Almirante Augusto Leverger, mais tarde Barão de Melgaço, assentou-se um contingente de Militares Voluntários nas Colinas de Melgaço, exatamente onde hoje se situa o Bairro Chacororé, no Sítio Urbano. Leverger construiu trincheiras e mandou instalar canhões. A espera pelos Paraguaios foi inútil, por causa da Baixa do Nível de Água do Rio eles não vieram em Corumbá. A luta não houve, mas ficou a demonstração de patriotismo do bravo Comandante e seus Comandados. Hoje ainda restam vestígios da que importante posicionamento bélico. Um nome que fez história em melgaço foi o de Antonio Paes de Barros – o Totó Paes. Era Usineiro, filho de família abastada e tornara-se político de projeção, alcançando a Presidência do Estado. Totó Paes e sua esposa Dª Úrsula eram proprietários de imensa área de terras, dentre as quais a que ocupa o perímetro Urbano do município de Barão de Melgaço, neste tempo ocupado esparsamente.